quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O MANUAL DO BRUXO - ALLAN ZOLA KRONZEK - 50







A Copa do Mundo de Quadribol pode não estar cheia de ouro, mas vale milhões para os times da Bulgária e da Irlanda, quando a disputam no principal torneio esportivo dos bruxos. Quando os irlan­deses saem vitoriosos, não têm do que reclamar quanto ao desempenho de seus exuberantes leprechauns [duendes] animadores de torcida. Porém, segundo a maioria dos testemunhos, os encontros entre seres humanos e leprechauns raramente são tão harmoniosos.



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A Copa do Mundo de Quadribol pode não estar cheia de ouro, mas vale milhões para os times da Bulgária e da Irlanda, quando a disputam no principal torneio esportivo dos bruxos. Quando os irlan­deses saem vitoriosos, não têm do que reclamar quanto ao desempenho de seus exuberantes leprechauns [duendes] animadores de torcida. Porém, segundo a maioria dos testemunhos, os encontros entre seres humanos e leprechauns raramente são tão harmoniosos.
Embora essas fadas do folclore irlandês passem a maior parte do tempo fabricando sapatos, não é segredo para ninguém que os leprechauns tam­bém vigiam antigos depósitos subterrâneos de ouro e outros tesouros. Segundo a lenda, os humanos podem partilhar essas riquezas, mas só se forem espertos o bastante para capturarem um leprechaun e obrigá-lo a ceder suas riquezas em troca da sua liberdade. Isso não é nada fácil, pois esses homenzinhos (só existem leprechauns machos) são extremamente espertos e em geral descobrem um jeito de passar a perna nos humanos. Um conto típico começa com um viajante que parte no encalço de um leprechaun, depois de ouvir um som fraco de marteladas, vindo de uma floresta fechada ou de uma campina. Quando descoberto, o leprechaun costuma mostrar-se bem amistoso, até seu visitante pedir que revele a localização do seu ouro. Aí ele pode ficar furioso, negar que tenha ouro, apontar para um enxame de abelhas imaginário, para uma árvore à beira de desabar, ou fazer qualquer coisa que puder imaginar a fim de distrair o viajante. No instante em que a pessoa olhar para o lado, o leprechaun vai desaparecer. Se esse truque falhar, existem muitos outros. O le­prechaun pode se mostrar espantosamente generoso e, com um piscar de olhos, entregar um pesado saco de moedas de ouro. Mas, conforme os torcedores da Copa do Mundo de Quadribol aprenderam quando se viram sob uma chuva de ouro dos leprechauns, é melhor não sair por aí gastando esse dinheiro, pois o presente logo vai se transformar em cin­zas ou desaparecer completamente.


As representações modernas dos leprechauns em geral mostram um homenzinho todo vestido de verde. Mas, tradicionalmente, um le­prechaun bem-vestido seria visto usando uma jaqueta vermelha com botões prateados brilhantes, meias azuis ou marrons, sapatos grandes com grossas fivelas de prata e um chapéu enfeitado ou de três bicos. Medindo de 15 a 60 centímetros de altura, os leprechauns podem ter um aspecto malandro ou nobre. Muitos usam barba e fumam cachimbo. Quando trabalham, os leprechauns costumam usar um avental de couro de sapateiro e levar um martelinho, para fazer ou consertar um sapatinho do tamanho dos pés de uma fada. Pelo visto, os leprechauns não tratam suas colegas fadas muito melhor do que tratam os humanos, pois só dão a elas um pé de sapato, nunca um par. Na verdade, alguns estudiosos acreditam que a palavra leprechaun derivou do gaélico leith bhrogan, que significa "fabricante de um sapato". Mas talvez o fracasso dos leprechauns para fazer pares seja apenas fruto de uma distração, pois muitas vezes ficam meio altos de tanto beber cerveja feita em casa.


Cálice de Fogo, 8



O LAVRADOR E O LEPRECHAUN

Eis um típico conto de leprechaun, transmitido de geração em geração, na Irlanda:
Um lavrador trabalhava na sua plantação quando avistou um homenzinho escondido embaixo de uma folha. Sabendo que devia ser um leprechaun, o lavrador rapidamente agarrou o homenzinho e lhe perguntou onde estava o seu ouro. O leprechaun parecia ansioso para fugir e logo revelou que seu tesouro estava enterrado embaixo de um arbusto ali perto. Segurando com todo o cuidado o seu pequenino prisioneiro, o lavrador seguiu para o local indicado. Descobriu que o arbusto ficava em um campo com centenas de arbustos idên­ticos. Como não tinha à mão nenhuma ferramenta para esca­var, o lavrador tirou uma de suas meias vermelhas e a amarrou a um galho para marcar o arbusto que o leprechaun tinha indi­cado. Enquanto seguia para casa a fim de pegar uma pá, o leprechaun argumentou que não havia mais necessidade dos seus serviços e pediu para ser libertado. O lavrador concor­dou, mas não sem antes fazer o leprechaun prometer que não ia tirar a meia do lugar nem retirar o ouro debaixo da terra. O lavrador até que foi esperto, mas não o bastante. Quando voltou para mesmo o campo, poucos minutos depois, todos os arbustos estavam marcados com uma meia igualzinha!







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