quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O MANUAL DO BRUXO - ALLAN ZOLA KRONZEK - 76








Apesar de os alunos de Hogwarts comprarem compulsivamente talis­mãs para se protegerem contra a misteriosa epidemia de Petrifi­cação, esses poderosos objetos são mais usados para realizar mágicas do que para proteção.



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Apesar de os alunos de Hogwarts comprarem compulsivamente talis­mãs para se protegerem contra a misteriosa epidemia de Petrifi­cação, esses poderosos objetos são mais usados para realizar mágicas do que para proteção. Ao contrário dos amuletos, que são especificamente projetados para manter o dono longe dos perigos, os talismãs são valiosos porque podem produzir transformações sobrenaturais — fazem com que seus donos fiquem invisíveis, adquiram uma força sobre-humana, sejam imunes a doenças ou possam lembrar cada palavra que um professor disse. Um talismã pode ser qualquer tipo de objeto - uma escultura, um livro, um anel, uma peça de roupa, uma tira de metal ou um pedaço de pergaminho. Até mesmo a cauda de Salamandra podre comprada pelo apavorado Neville Longbottom pode ser um talismã se tiver poderes mágicos. Alguns objetos, como as pedras preciosas, são considerados mágicos por natureza. Mas, em toda a história, a maioria dos talismãs tem sido propositadamente dotada de poderes por meio de rituais que invocam as forças da natureza ou o poder dos deuses. Muitos tinham inscrições mágicas, nomes ou imagens de divindades, ou então pequenos encantamentos.
Muitas pessoas usavam talismãs no mundo antigo. Arqueólogos descobriram talismãs de papiro no Egito antigo, assim como centenas de talismãs de pedra e de metal na região mediterrânea. Conhecidos prin­cipalmente por curar doenças, eles também eram usados para atrair a pessoa amada, melhorar a memória e garantir sucesso na política, nos esportes ou em apostas.
No período medieval havia um talismã para qualquer coisa que se possa imaginar. Amarrar um pé de coelho no braço esquerdo permitia que a pessoa se aventurasse em território perigoso sem correr risco algum. Levar consigo visco evitava um veredicto de culpado para as pes­soas em julgamento. Possuir um ramo de heliotrópio embrulhado em folhas de loureiro com um dente de lobo impedia que as pessoas fizessem fofocas a seu respeito. A crença no poder dos talismãs era tão grande na Inglaterra do século XIV que as regras para duelos passaram a exigir que cada participante prometesse não levar pedras ou anéis mági­cos, nem qualquer outro talismã que lhes desse uma vantagem injusta.
Como se acreditava que os corpos celestes tinham controle sobre a vida terrestre (ver astrologia), muitos talismãs eram projetados para cap­turar a influência de determinado planeta. Se uma pessoa quisesse ter sucesso em um combate, por exemplo, ela podia fazer um talismã para invocar a influência do planeta Marte, que rege a força física. O talismã teria que ser confeccionado em ferro (metal tradicionalmente associado ao planeta) na época em que Marte irradiasse seus poderes com maior intensidade. Também se podia gravar nele o número do astro, cinco, ou pintá-lo com sua cor, vermelho.
Esses talismãs astrológicos eram populares principalmente entre os alquimistas do Renascimento, que seguiam rituais complexos para fazer objetos que poderiam ajudar a transformar metais básicos em ouro. Quando o momento celestial apropriado chegava, eles recitavam encan­tamentos para invocar espíritos ou demônios que dotariam seus talismãs com o poder necessário. A Pedra Filosofal, que acreditavam dar vida eterna e prosperidade sem fim, era o talismã mais desejado de todos.
Os talismãs continuaram populares no século XIX, quando se acredi­tava que um único talismã feito para todos os propósitos, gravado em prata durante a fase lunar correta, era capaz de tornar seu dono saudá­vel, rico, agradável, alegre, respeitado, e permitia que ele fizesse todas as viagens em segurança. Apesar de as pessoas hoje não gravarem palavras mágicas em metais, aquelas que levam consigo pés de coelho ou insis­tem em usar uma “camisa da sorte” em jogos decisivos de futebol man­têm viva a crença em talismãs.


Câmara Secreta, 11






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