segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O MANUAL DO BRUXO - ALLAN ZOLA KRONZEK - 73








Sibila, o nome da professora Trelawney, que ensina adivinhação em Hogwarts, não podia ser mais apropriado. Na mitologia da Grécia e de Roma, as sibilas eram mulheres conhecidas pela habilidade de predizer o futuro em estado de transe. Na verdade, a própria professora Trelawney estava em transe na única ocasião em que fez uma previsão correta.



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Sibila, o nome da professora Trelawney, que ensina adivinhação em Hogwarts, não podia ser mais apropriado. Na mitologia da Grécia e de Roma, as sibilas eram mulheres conhecidas pela habilidade de predizer o futuro em estado de transe. Na verdade, a própria professora Trelawney estava em transe na única ocasião em que fez uma previsão correta.
Diz a lenda que havia dez sibilas no mundo antigo, espalhadas pelo Egito, Babilônia, Pérsia, Líbia e Grécia. Cada uma tinha seu próprio nome, mas todas eram chamadas de Sibila em homenagem à profetisa do mito grego, Sibila, que diziam ser filha de Zeus. Enquanto a maioria dos adivinhos fizesse suas predições sob encomenda, as sibilas profetizavam sempre que se sentiam inspiradas e, freqüentemente, escreviam suas pro­fecias em folhas de árvores. Elas previam guerras, tempestades perigosas e a ascensão e queda de governantes e impérios.
A Sibila mais famosa foi Amaltéia, uma sacerdotisa do deus grego Apoio conhecida como a Sibila de Cumas. Em uma lenda contada pelo escritor romano Ovídio, Apoio se apaixonou por ela e prometeu lhe dar o que ela quisesse. A Sibila apontou para um monte de areia e pediu que tivesse um ano de vida para cada grão no monte. Apoio concedeu seu pedido. No entanto, ela esqueceu de pedir juventude eterna - um erro, aliás, cometido por vários personagens da mitologia grega. A medida que envelheceu, então, foi ficando cada vez mais velha e fraca. Acabou indo morar em uma caverna subterrânea na cidade de Cumas, perto de Nápoles, Itália, onde viveu por mil anos.
Outra lenda conta o que aconteceu quando a Sibila de Cumas foi à procura de Tarquínio o Soberbo, último rei de Roma, para tentar vender-lhe nove volumes de suas profecias, que diziam respeito ao futuro de Roma e ao destino do império. Ele achou seu preço muito alto e recusou-se a pagar, talvez na esperança de que ela o reduzisse. Em vez disso, ela queimou três dos livros. Um ano mais tarde, ela voltou e ofere­ceu os seis livros restantes pelo mesmo preço. Tendo a oferta recusada novamente, ela queimou mais três, e, um ano depois, ofereceu os últimos três livros, mantendo o preço inicial. Derrotado, Tarquínio comprou os livros e Amaltéia nunca mais foi vista.


Apesar de as sibilas terem sido descritas, a princípio, como mulheres selvagens que viviam em cavernas, muitos artistas preferiam retratá-las como graciosas figuras clássicas.

A história da Sibila de Cumas é apenas um mito, mas as profecias atribuídas a ela existiram de verdade. Sob a forma de enigmas, foram escritas em folhas de palmeiras — ninguém sabe por quem — e encader­nadas sob a forma de livros. Essas coleções, que incluíam tanto predições quanto sugestões sobre como acalmar os deuses em tempos difíceis, foram consultadas pelo Senado romano durante séculos, até serem destruídas por um incêndio em 83 a.C. Depois disso, o Senado romano enviou emissários para coletar profecias em oráculos na Sicília e na Ásia Menor. Essas profecias foram guardadas no templo de Apoio, em Roma, até 408 d.C., quando o templo foi destruído em uma batalha.
Muito tempo depois do desaparecimento dos livros, a Sibila de Cumas continuava fascinando as pessoas. Durante a Idade Média, os escritores cristãos reinterpretaram e adicionaram itens às profecias atribuídas a ela para fazer parecer que a Sibila de Cumas havia previsto a vinda de Jesus Cristo. Seu prestígio aumentou a ponto de se igualar ao dos profetas do Antigo Testamento, como podemos ver, de forma belís­sima, por sua inclusão, junto com quatro outras sibilas, na Capela Sistina, pintada por Michelangelo em Roma.


Prisioneiro de Azkaban, 6






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