terça-feira, 18 de setembro de 2012

O MANUAL DO BRUXO - ALLAN ZOLA KRONZEK - 1





¯ INTRODUÇÃO ¯

Se você é como a maioria dos fãs de Harry Potter, na certa sabe que o objeto de estimação de Harry é a sua vassoura voadora, que o assunto favorito de Hermione é a aritmancia e que uma criatura fantástica chamada hipogrifo ajudou Sirius Black em sua fuga. Mas por acaso você sabia que, no passado, as pessoas acreditavam que os magos voavam sobre forcados, que a aritmancia é uma antiga forma de adivinhar o futuro e que quem montou no hipogrifo pela primeira vez foram os lendários cavaleiros de Carlos Magno? Ou que Nicholas Flamel, criador da Pedra Filosofal e amigo do professor Dumbledore, existiu de fato?
As aventuras espantosas de Harry e seus amigos passam tão depressa que poucas vezes temos chance de refletir sobre a riqueza da mitologia, do folclore e das histórias reais que estão brilhando abaixo da superfície. Um dos maiores prazeres de ler os livros de Harry Potter vem, justamente, dessa riqueza extraordinária do universo mágico que eles contêm — universo criado, em parte, pela imaginação aparentemente ilimitada de J. K. Rowling e, em parte, pela vasta tradição popular de magia, espalhada pelo mundo todo. Poções e encantos, gigantes e dragões, caldeirões e bolas de cristal — todos têm histórias fascinantes e muitas vezes surpreendentes que remontam a centenas e, às vezes, a milhares de anos. Varinhas mágicas como aquelas vendidas no Beco Diagonal foram, no passado, feitas por feiticeiros druidas com galhos do teixo sagrado. Poções de amor são muito antigas e já podiam ser encontradas na Grécia e Roma antigas. Livros de feitiços e de maldições — de leitura obrigatória na Escola de Bruxaria e Magia de Hogwarts — eram muito populares (mas também muito malvistos) na Idade Média.
O Manual do Bruxo dá, ao leitor curioso, a chance de pesquisar qualquer coisa “mágica” que apareça nos primeiros quatro livros de Harry Potter e descobrir uma fascinante e inesperada riqueza de informações. De onde vem o poder da Pedra Filosofal? Quais foram as primeiras palavras mágicas? Será que J. K. Rowling sonhou com o aterrador basilisco, com as sedutoras veelas, ou com o terrível grindylow? E, se essas e outras criaturas fantásticas não foram inventadas por ela, quem as criou? O Manual do Bruxo traz as respostas.
A história de todas as crenças mágicas é muito ampla. Ao escrever este livro, tivemos de deixar de fora mais coisas do que fomos capazes de incluir nele. As ricas tradições da magia e da mitologia da China, da África, da Índia, do Japão, da Austrália e da América do Sul quase não são mencionadas. Em vez disso, nos restringimos às lendas e mitos diretamente ligados ao mundo de Harry. Quase todas as práticas de magia ensinadas na Escola de Hogwarts têm raízes na tradição da magia ocidental, surgida nos antigos impérios do Oriente Médio, da Grécia e de Roma. Criaturas imaginárias como o centauro, a manticora e o unicórnio provêm dessa mesma tradição. Muitos dos outros seres mágicos, como os elfos, os gnomos, os duendes, os hinkypunks e os trasgos, têm raízes no folclore do norte da Europa e das ilhas britânicas.
Quando começamos a escrever O Manual do Bruxo, perguntamos a fãs de Harry Potter quais eram os assuntos mais interessantes para eles. Alguns queriam conhecer mais a respeito de feitiços, encantamentos e maldições. Outros estavam ansiosos para conhecer melhor os bichos-papões, os barretes vermelhos e outras criaturas mágicas. Claro que você terá seus próprios interesses em particular: fique à vontade para explorar e consultar este livro da forma que preferir. Este livro também é mágico e pode ser lido como você preferir. Se quiser, leia tudo, de uma ponta à outra. Ou então vá pulando entre os verbetes, que colocamos em ordem alfabética para facilitar a consulta. Talvez você prefira começar pelo verbete Magia, que é uma boa introdução sobre esse assunto fascinante. Mas pode começar por onde bem entender — e na certa vai acabar passando por todas as páginas. O importante é que você se divirta e aprenda coisas interessantes em sua leitura.
Em cada verbete, tentamos dar uma visão geral do assunto e mostrar suas raízes na mitologia, no folclore e na história. Quando uma palavra estiver em negrito, significa que há um verbete específico para ela. No final da maioria dos verbetes, você encontrará este símbolo e uma abreviatura que indica o ponto em que o assunto aparece nos livros de Harry Potter. “Pedra Filosofal, 5”, por exemplo, remete a Harry Potter e a Pedra Filosofal, capítulo 5. “Câmara Secreta” remete a Harry Potter e a Câmara Secreta, “Prisioneiro de Azkaban” remete a Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban e “Cálice de Fogo” remete a Harry Potter e o Cálice de Fogo. Todas as referências correspondem às edições brasileiras.
Fazendo nossas pesquisas para O Manual do Bruxo, aprendemos muitas coisas curiosas que nunca havíamos imaginado. Por exemplo: como ler a sorte nas folhas de chá, como livrar-se de duendes, como colher raízes de mandrágora sem correr nenhum risco e como usar a aritmancia para escolher o que você vai comer no almoço. Sentimo-nos mais seguros agora que sabemos como identificar um demônio e o que fazer quando formos atacados por um ghoul (nunca, jamais, bata nele duas vezes!).
É bom ter essas informações por perto: nunca se sabe quando poderemos precisar delas!





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