sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

QUADRIBOL ATRAVÉS DOS SÉCULOS - Capítulo 6 (parte 2)





CAPÍTULO SEIS
Parte 2
Mudanças no Quadribol a partir do Século XIV



BOLAS

A GOLES

Sabemos pelo diário de Trude Keddle que a goles, desde o início, foi feita de couro. Mas, das quatro bolas do quadribol, ela é a única que não foi enfeitiçada desde o início, era apenas uma bola de retalhos de couro, muitas vezes com uma alça (veja Fig. E) porque devia ser agarrada e atirada apenas com uma das mãos. Algumas goles antigas possuíam furos para os dedos. Porém, com a descoberta dos Feitiços Prendedores em 1875, as alças e furos para os dedos se tornaram desnecessários, pois o artilheiro podia manter a mão presa no couro enfeitiçado sem qualquer outro auxílio.
A goles moderna mede trinta centímetros e meio de diâmetro e não tem costuras. Foi pintada de vermelho, pela primeira vez, no inverno de 1711, depois de uma partida em que a chuva pesada a tornou indistinguível do chão lamacento todas as vezes que caía. Acresce que os artilheiros estavam cada vez mais irritados com a necessidade de mergulhar continuamente até o chão para recuperar a goles todas as vezes que não conseguiam agarrá-la, por isso, pouco depois da goles ter mudado de cor, a bruxa Margarida Pennifold teve a idéia de enfeitiçar a bola de modo que, quando caísse, descesse lentamente em direção ao chão como se estivesse afundando em água, o que permitia que os artilheiros pudessem agarrá-la ainda no ar. A “goles Pennifold” continua em uso até hoje.





OS BALAÇOS

Os primeiros balaços (ou “pedraços”) eram, como vimos, pedras voadoras, e na época de Mumps tinham sido meramente desbastadas para assumirem uma forma arredondada. Apresentavam, porém, uma importante desvantagem: podiam ser quebrados pelas maças magicamente reforçadas dos batedores do século XV, caso em que todos os jogadores passavam a ser perseguidos pelos fragmentos da pedra pelo resto da partida.
Provavelmente deve ter sido esta a razão de alguns times de quadribol começarem a experimentar balaços de metal no início do século XVI. Ágata Chubb, especialista em artefatos mágicos antigos, já identificou nada menos que doze balaços de chumbo desse período, encontrados tanto em turfeiras irlandesas quanto em brejos ingleses. “São, sem a menor dúvida, balaços e não balas de canhão”, escreve ela.

As leves mossas dos bastões magicamente reforçados usados pelos batedores são visíveis bem como as marcas inconfundíveis de manufatura bruxa (em oposição à trouxa), a lisura da curvatura, a perfeita simetria. Um fato decisivo foi que cada um dos espécimes voou pelo meu escritório e tentou me derrubar no chão quando sua caixa foi aberta.

Com o tempo, os bruxos descobriram que o chumbo era demasiadamente macio para a fabricação de balaços (qualquer mossa deixada nele afetava sua capacidade de voar em linha reta). Atualmente eles são feitos de ferro e têm vinte e cinco centímetros de diâmetro.
Os balaços são enfeitiçados para perseguir os jogadores sem discriminá-los. Se permitirmos que ajam livremente, eles atacarão o jogador mais próximo, donde a tarefa do batedor é rebater os balaços para o mais longe possível do seu próprio time.



O POMO DE OURO

O pomo de ouro tem o tamanho de uma noz tal qual o Pomorim Dourado. É enfeitiçado para fugir à captura o maior tempo possível. Contam que houve um pomo de ouro que fugiu à captura durante seis meses na charneca de Bodmin em 1884 até que os dois times desistiram, desgostosos com a imperícia dos seus respectivos apanhadores. Os bruxos da Cornualha que conhecem aquela charneca insistem ainda hoje que o pomo continua a vagar ali em estado selvagem, embora eu não tenha conseguido confirmar tal história.






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