Barnabas Cuffe é o atual editor do Profeta Diário, trabalhando principalmente no Beco Diagonal. Há muito tempo que ele se ocupa exclusivamente da editoração do jornal sem fazer matérias ou entrevistas. No entanto, a pedido do PotterExpress ele aceitou nos enviar algumas de suas melhores e mais curiosas entrevistas com personagens chave. Infelizmente, o PotterExpress percebeu tarde que Cuffe é meio doido e seus entrevistados são... incomuns. Assim mesmo vamos publicar as matérias e entrevistas que ele nos enviar.
Para esta edição do “Cuffe Entrevista”, ele conversou com Nome.
CUFFE
ENTREVISTA SIBILA TRELAWNEY
Depois de sua fuga espetacular da
prisão de Azkaban em Junho do ano passado, e de toda tensão que se seguiu nos
últimos meses, eu esperava ansiosamente pela recaptura de Sirius Black para
entrevistá-lo. Teria sido a matéria do ano. Infelizmente para a comunidade
mágica e principalmente para mim, Black fez uma nova e mais impossível fuga: do
alto de uma torre lacrada do castelo de Hogwarts, Sirius Black simplesmente
desapareceu sem deixar rastros de como fugiu e nem para onde foi. Depois dessa
decepção, tive que me contentar com outro entrevistado: a Profª. Sibila
Trelawney.
Mas meus problemas não acabaram por aí.
O apartamento dessa professora fica no alto de uma torre e possui uma lonnnnga
escadaria em caracol. Na minha idade, aquela escada com centenas de degraus,
foi quase um assassinato. Eu precisei de vários minutos para conseguir me
recompor, e depois ainda descobri uma segunda escada. Pelo amor de Deus! Onde
raios aquela mulher se escondia? Enfim! Depois de subir por uma segunda escada
móvel baixada do teto, cheguei enfim a sala de Adivinhação.
Soube que Trelawney lecionava há muitos
anos em Hogwarts, e me impressionei com a primeira vista da sala. Ela circular,
aconchegante, com poltronas fofas. O que me incomodou no ambiente foram as
janelas fechadas e uma grande lareira acesa em pleno sol à pino. Eu tive que
esperar ainda alguns minutos estafantes, suando como louco.
Quando Sibila Trelawney apareceu eu
tinha certeza que estava num pesadelo. A mulher era visivelmente maluca, com
tantos badulaques e colares, mas depois daquela escadaria assassina, eu tinha
que entrevistar alguém.
Ela me ofereceu uma xícara de chá, mas
estava tão quente que acabei queimando a boca. Depois de me recuperar com um
gole de água, eu tentei ter minha entrevista.
— Hum, hum — e comecei — Bem... ah... professora...
como os alunos se sentiram ao saberem que Sirius Black rondava o castelo?
Mas ao invés de responder a minha
pergunta, Trelawney agarrou minha xícara vazia, virou-a de borco jogando um
pouco de folhas de chá ao chão, e depois de virar a xícara três vezes na palma
da mão, ela olhou as folhas restantes com interesse. Ela balançou a cabeça e
disse:
— Tsk, tsk, tsk. Tão triste! Eu sinto não ter boas notícias.
O senhor morrerá atropelado por um hipogrifo desembestado no dia 16 de Julho.
Depois disso ela ficou me olhando, os
olhos cheios de pena. Como Sibila Trelawney é professora de Adivinhação há
tantos anos e também que ela é trineta de uma vidente muito famosa, eu
sinceramente fiquei com medo naquela hora. Mas no minuto seguinte eu me
acalmei, e lhe perguntei:
— Como pode prever minha morte para o
dia 16 de Julho, se hoje são 19?
Mas a professora se fechou em si, e a
isso não me respondeu. Depois disso, Trelawney pareceu interessada em continuar
a ler as folhas.
Desapontado com mais uma entrevista
falha, eu criei coragem e enfrentei a escadaria assassina de novo para ir
embora. Mais sorte na próxima vez!
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