quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Comentário e Crítica Potter Express


De todos os Sete Livros, o quarto volume é o mais controverso até aqui.



— 1° PARTE: o Mundo Bruxo —

O Mundo não é mais quente e acolhedor. Ele está se tornando frio, e para se manter quente é preciso que as pessoas fiquem juntas. Mas no novo Mundo que está surgindo, é cada vez mais difícil se manter unido quando há tantas coisas que separam.
Na primeira parte do livro (descartando por um momento os dois primeiros capítulos), nós temos Harry saindo de casa pela Lareira dos Dursley, um passeio adorável até uma charneca repleta de bruxos do mundo inteiro, uma Copa Mundial de Quadribol, o corre-corre do cotidiano de uma família bruxa que possui contatos no Ministério. Nós temos também o curioso capítulo Caos no Ministério, e nele podemos ver como o Ministério é forte quando age, mas frágil quando atacado. Apenas uma situação depois de 13 anos, e o Ministério é incapaz de dizer quem foi. Se não fosse suficiente, nós somos apresentados ao estilo de escrita de Rita Skeeter, a feroz jornalista que ataca qualquer um e a todos. Acostumados em ler a verdade, nós ficamos incrédulos ao perceber que O Profeta Diário publica notícias mesmo sem ser verdadeiras, vindas de boatos inventados com a única finalidade de vender jornais.

Ah, claro, não podemos deixar de citar as outras escolas de magia. É espantoso ver o Mundo crescendo ao ponto de haver mais de uma escola além de Hogwarts. Escolas com pessoas, costumes e até línguas diferentes. Pelo modo como Krum e Fleur agiram durante o Torneio Tribruxo, é fácil de imaginar que a magia ensinada, feitiços e encantamentos, sejam diferentes em cada escola. Ou talvez apenas o método de ensino.



— 2° PARTE: Garotas —

O motivo porque chamar esse subtítulo apenas de  "Garotas", é simples: elas amadurecem antes dos garotos. Esse livro marca o início dos romances nas páginas potterianas, mas mais importante, se trata do início do amadurecimento psicológico de nosso protagonista e seus colegas. "Garotas" é apenas o primeiro indício de que as tramas se tornam menos infantis e adentram na adolescência. Talvez seja pela alta carga emocional deste livro, Harry não encontra uma namorada nesse volume, Cho Chang é apenas um amor platônico por enquanto.

Mas o mais importante assunto sobre garotas não está no amor do Harry pela Cho, mas justamente do Rony pela Hermione. Bem, para aqueles que não perceberam os detalhes desde o primeiro livro [sim, os sinais estavam lá], eles ficaram chocados quando perceberam as faíscas entre Rony e Mione. O jeito abrutalhado e insensível do Rony torna tudo muito complicado. Mas pelo menos nós já sabemos que esse é o destino dos dois e mesmo os defensores de Harry-Mione, terão que se conformar que os dois são apenas amigos.



— 3° PARTE: Morte —

Nesse livro o assunto da "Morte" volta ao círculo principal. Depois de ser assunto rápido nos volumes anteriores, nós vemos o tema ser trabalhado com mais profundidade em o "Cálice de Fogo". No primeiro capítulo nós lemos uma história antiga com nomes familiares e uma tragédia tripla. Mas a coisa piora. Mais uma pessoa morreu antes do livro começar, e mais uma pessoa morre no último parágrafo do capítulo. Um tenebroso começo.

Mais mortes e desaparecimentos ocorrem no decorrer do livro, e a cada pessoa que desaparece o círculo se torna menor e se aproxima mais e mais perto do próprio Harry. Cedrico, personagem novo e carismático, é morto por Rabicho a mando de Voldemort, um colega de Hogwarts, um aluno de quem todos gostavam. No segundo ano, todos os alunos petrificados voltaram ao normal, mas aqui não tem volta. Muitas pessoas que leram á época, quando saiu nas prateleiras, ficaram preocupadas e tristes com aqueles fatos. Alguns chegaram a parar de ler por algum tempo. Parecia não haver esperança contra Voldemort e seus atos assassínios.

Talvez essa seja a primeira impressão, mas devemos entender que a ESPERANÇA não é um cartão que se compra, mas uma semente que é cultivada todos os dias, com persistência e perseverança.



— CONCLUSÃO —

DE FATO, este é um último pensando que o livro nos traz antes determinar:

"Conforme dissera Hagrid, o que tiver de ser, será... e ele teria que enfrentar o que fosse quando viesse."
Não é um pensamento feliz, mas é certamente encorajador. Vejam bem, enquanto houver esperança, há possibilidades, e quando há possibilidades, há vida. Este é o único conselho que pode ser efetivamente colocado em prática: tenha sempre esperança num mundo melhor.






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